Eu relação a este comentário do D. Costa, eu gostaria de tecer algumas observações. Quando comecei a escrever na blogosfera, há cerca de dois anos e meio, ainda no Blasfémias, eu permaneci durante seis meses convencido que a generalidade dos comentadores que apareciam a tecer considerações sobre os posts eram pessoas sem educação formal, designadamente, não-licenciadas.
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Nesse período, interroguei várias pessoas conhecedoras do meio sobre a sua estimativa acerca da formação académica média dos comentadores e todas me respondiam que seriam pessoas licenciadas em algum domínio. E eu sem acreditar. Até que me rendi à evidência. E tenho de admitir que fiquei horrorizado. Depois disso, a minha fé acerca de uma solução democrática-liberal para Portugal, que já não era grande, desvaneceu-se por completo. Devo ser caso raro no mundo - o de alguém que mudou substancialmente a sua posição intelectual por força da blogosfera.
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Não foi a incapacidade geral para discutir uma ideia ou para a desligar da pessoa do seu autor que me impressionou mais. Aquilo que me impressionou mais foi a classe de pessoas que, sendo contra uma ideia ou contra um autor, são incapazes de o largar e de ir viver a sua vida para outro lado. Sendo o mundo tão grande e tão diversificado, eu tenho dificuldade em compreender que ainda existam pessoas que decidem viver livremente a sua vida contra alguma coisa, irredutivelmente fixadas, nalguns casos obcecadas, naquilo de que não gostam ou naqueles de quem não gostam. Para mim, seria uma vida que não mereceria ser vivida.
Nesse período, interroguei várias pessoas conhecedoras do meio sobre a sua estimativa acerca da formação académica média dos comentadores e todas me respondiam que seriam pessoas licenciadas em algum domínio. E eu sem acreditar. Até que me rendi à evidência. E tenho de admitir que fiquei horrorizado. Depois disso, a minha fé acerca de uma solução democrática-liberal para Portugal, que já não era grande, desvaneceu-se por completo. Devo ser caso raro no mundo - o de alguém que mudou substancialmente a sua posição intelectual por força da blogosfera.
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Não foi a incapacidade geral para discutir uma ideia ou para a desligar da pessoa do seu autor que me impressionou mais. Aquilo que me impressionou mais foi a classe de pessoas que, sendo contra uma ideia ou contra um autor, são incapazes de o largar e de ir viver a sua vida para outro lado. Sendo o mundo tão grande e tão diversificado, eu tenho dificuldade em compreender que ainda existam pessoas que decidem viver livremente a sua vida contra alguma coisa, irredutivelmente fixadas, nalguns casos obcecadas, naquilo de que não gostam ou naqueles de quem não gostam. Para mim, seria uma vida que não mereceria ser vivida.
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