Tenho afirmado que na tradição protestante a verdade é secundária e a primazia da sua cultura é colocada na justiça. Nesta tradição a verdade é uma função da justiça e a preocupação consiste em pôr de pé processos justos (fair) independentemente dos resultados a que e eles conduzem. Nesta tradição, a verdade é uma função do júri e da disposição do júri e, portanto, é sempre temporária e relativa. E isto aplica-se também às chamadas verdades científicas.
O caso do tabaco que o Joaquim traz à colação no post anterior é um exemplo típico. Desde que foi introduzido na Europa, o tabaco já foi considerado cientificamente óptimo para a saúde e cientificamente péssimo para a saúde, parecendo que agora se caminha para um estádio em que ele é considerado cientificamente um pouco menos que péssimo para a saúde. Não está excluido que daqui por umas décadas ele volte a ser considerado óptimo para a saúde.
A impopularidade do tabaco nas últimas décadas é baseada em estudos científicos que alegadamente provam que o tabaco reduz a esperança de vida. Parece-me, óbvio, porém, que estes estudos não têm validade alguma. Não é o facto de os fumadores tenderem a morrer de cancro do pulmão mais do que os não-fumadores que prova que o tabaco lhes reduz a esperança de vida. Essa prova só poderia vir de pôr esses fumadores a viverem alternativamente sem fumarem, todas as outras circunstâncias da sua vida permanecendo iguais - uma experiênca que é impossível de fazer. Portanto, uma verdade objectiva acerca do efeito do tabaco na esperança de vida humana nunca será atingida.
O caso do tabaco que o Joaquim traz à colação no post anterior é um exemplo típico. Desde que foi introduzido na Europa, o tabaco já foi considerado cientificamente óptimo para a saúde e cientificamente péssimo para a saúde, parecendo que agora se caminha para um estádio em que ele é considerado cientificamente um pouco menos que péssimo para a saúde. Não está excluido que daqui por umas décadas ele volte a ser considerado óptimo para a saúde.
A impopularidade do tabaco nas últimas décadas é baseada em estudos científicos que alegadamente provam que o tabaco reduz a esperança de vida. Parece-me, óbvio, porém, que estes estudos não têm validade alguma. Não é o facto de os fumadores tenderem a morrer de cancro do pulmão mais do que os não-fumadores que prova que o tabaco lhes reduz a esperança de vida. Essa prova só poderia vir de pôr esses fumadores a viverem alternativamente sem fumarem, todas as outras circunstâncias da sua vida permanecendo iguais - uma experiênca que é impossível de fazer. Portanto, uma verdade objectiva acerca do efeito do tabaco na esperança de vida humana nunca será atingida.
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