Nos primórdios da década de oitenta, ainda por aí tinhamos o sinistro Conselho da Revolução e a Constituição era declaradamente socialista, existiam em Portugal perto de trezentos mil funcionários públicos. A economia estava quase toda estatizada, graças às gloriosas nacionalizações do PREC, e a população andava entre os nove e os dez milhões de habitantes. Actualmente, não se tendo a nossa população afastado consideravelmente desse número e com a redução significativa do sector "empresarial" do estado, o número de funcionários públicos (que ninguém sabe com exactidão quantos são) andará próximo de oitocentos mil. Quase triplicou. A verdade, então, é esta: somos um estado ainda mais socialista do que há três décadas e é urgente que o deixemos de ser.
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