Disse-lhe Pilatos: "Logo Tu és rei?". Jesus retorquiu: "Tu o dizes! Eu sou Rei! Para isso nasci e para isso vim ao mundo, a fim de dar testemunho da verdade. Todo aquele que é da verdade ouve a Minha voz". Disse-lhe Pilatos: "Que é a verdade?". Dito isto, tornou a ir ter com os judeus e disse-lhes: "Não acho n' Ele culpa alguma; Vós tendes por costume que eu vos solte alguém pela Páscoa. Quereis que vos solte o Rei dos judeus?" Então eles gritaram de novo: "Esse não, mas Barrabás". Barrabás era um salteador. (Jo 18, 37-40).
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Porque é que Jesus não respondeu à pergunta de Pilatos: "Que é a verdade?".
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Hans Kelsen, o pai do positivismo jurídico moderno, considera que Cristo não respondeu à pergunta porque ela não era importante. Para Kelsen a ideia de justiça seria mais importante para Cristo do que a ideia de verdade. O teólogo Joseph Ratzinger parece não estar de acordo. Na minha opinião também, Kelsen está grossamente enganado. Cristo não respondeu à questão por uma razão importantíssima, sem a qual não existe verdade.
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