
Apercebi-me deste fenómeno quando escrevi uma série de posts sobre o SNS. Tanto o PS como o PSD apoiam um serviço de saúde público, geral, universal e tendencialmente gratuito, mas as parecenças terminam aí.
Na prática, quando o PS está no governo, o SNS centraliza e burocratiza. Torna-se macrocefálico e controlista (termo mais moderno do que controleiro). O PSD, pelo contrário, empresarializa. São duas animas distintas, a centralista e a empresarialista.
Os respectivos aderentes não têm qualquer motivo ideológico para optarem por um destes partidos, mas podem fazê-lo por questões de personalidade. Se a ambição for mandar e impor “soluções”, o PS encaixa melhor. Se for liderar e organizar, o PSD cai como uma luva.
Em próximos posts vou prosseguir com esta análise. Vou tentar identificar os arquétipos que melhor se encaixam nestes partidos e até descodificar os símbolos e a linguagem que utilizam.
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