14 março 2009

masculina


Pretendo neste post demonstrar que a sociedade suece assenta sobre os homens, mais do que sobre as mulheres, como prometi aqui.

As minhas premissas são três factos. Primeiro, a ideia central ou dominante de um sociedade protestante é a ideia de justiça, no sentido de equidade (as célebres 95 teses de Lutero que marcam o início do protestantismo são essencialmente reivindicações de justiça). Segundo, a Suécia é um país protestante, de facto, fortemente luterano. Terceiro, é a mulher que engravida e dá à luz.

A minha questão é então a seguinte: Qual o género, o homem ou a mulher, que na sociedade sueca é chamado, mais do que o outro, a suportar o pilar em que assenta esta sociedade - a justiça?

Como argumentei noutro post (aqui), a mulher, em virtude da sua ligação íntima ao ser humano, não possui a capacidade de distanciamento (detachment), ou a imparcialidade, que é necessária ao julgamento. É o homem que possui, mais do que a mulher, esta capacidade. Sendo a Suécia uma sociedade que assenta sobre a ideia de justiça, e sendo o homem mais capacitado que a mulher para realizar a justiça, esta é uma sociedade que assenta sobre o homem, mais do que sobre a mulher. A Suécia é, portanto, uma sociedade masculina.

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