A União Europeia encontra-se naquele que é talvez o seu maior impasse desde a crise da chaise vide, provocada por de Gaulle na década de 60.
A crise actual tem, na sua origem, múltiplos factores, mas o principal não deixará certamente de ser o excessivo crescimento dos membros da União, sem que se ajustassem atempadamente os mecanismos institucionais que deveriam permitir o seu funcionamento. Na verdade, o esquema criado por Maastricht carecia de aperfeiçoamentos, e estes não foram conseguidos nem em Amesterdão nem em Nice, menos ainda para uma estrutura que passou de quinze para vinte e sete membros.
Por outro lado, não era igualmente possível deixar à porta da União os Estados que nela acabariam por entrar, maioritariamente pertencentes ao antigo bloco comunista, depois de décadas em que a Europa lhes foi acenando com a prosperidade do mundo capitalista. Para além da obrigação moral de os acolher, ostracizá-los seria condená-los a novas formas de revolta contra o mundo ocidental.
Embora a União tenha aprendido, ao longo dos tempos, a viver na indecisão, o impasse constitucional está a prolongar-se para além do razoável e, a permanecer, poderá provocar um de dois fenómenos: ou o esboroamento progressivo da organização, hipótese muito pouco provável, ou a deslocação do poder decisório real para as mãos dos seus quatro ou cinco grandes estados, relegando os demais para a insignificância. Esta é, aliás, a lição que a História nos ensina: onde não há um poder estruturalmente bem definido, por via do direito e da Constituição, manda quem pode.
A crise actual tem, na sua origem, múltiplos factores, mas o principal não deixará certamente de ser o excessivo crescimento dos membros da União, sem que se ajustassem atempadamente os mecanismos institucionais que deveriam permitir o seu funcionamento. Na verdade, o esquema criado por Maastricht carecia de aperfeiçoamentos, e estes não foram conseguidos nem em Amesterdão nem em Nice, menos ainda para uma estrutura que passou de quinze para vinte e sete membros.
Por outro lado, não era igualmente possível deixar à porta da União os Estados que nela acabariam por entrar, maioritariamente pertencentes ao antigo bloco comunista, depois de décadas em que a Europa lhes foi acenando com a prosperidade do mundo capitalista. Para além da obrigação moral de os acolher, ostracizá-los seria condená-los a novas formas de revolta contra o mundo ocidental.
Embora a União tenha aprendido, ao longo dos tempos, a viver na indecisão, o impasse constitucional está a prolongar-se para além do razoável e, a permanecer, poderá provocar um de dois fenómenos: ou o esboroamento progressivo da organização, hipótese muito pouco provável, ou a deslocação do poder decisório real para as mãos dos seus quatro ou cinco grandes estados, relegando os demais para a insignificância. Esta é, aliás, a lição que a História nos ensina: onde não há um poder estruturalmente bem definido, por via do direito e da Constituição, manda quem pode.
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