No seu estudo famoso sobre a influência cultural nas organizações, Geert Hofstede (aqui) chegou à conclusão que Portugal é um país tipicamente feminino (cf. também aqui). À mesma conclusão cheguei eu (aqui). Não é meu propósito discutir os resultados a que Hofstede chegou para os numerosos países incluidos no seu estudo, mas apenas salientar a identidade de conclusões em relação a Portugal.
O meu propósito neste post é muito diferente. É ilustrar a diferença de métodos utilizados para chegar à verdade por um autor oriundo de um país distintamente protestante - a Holanda - e por outro oriundo de um país distintamente católico - Portugal. A verdade a que Hofstede e eu chegámos é idêntica - Portugal é uma sociedade tipicamente feminina. O método é que difere. Descreverei brevemente os dois métodos utilizados, deixando ao leitor o julgamento sobre qual deles, como regra geral, é mais adequado para chegar à verdade - no caso de o leitor possuir julgamento sobre a matéria, uma capacidade que, como já referi, é rara em Portugal.
Eu seleccionei apenas meia dúzia de grandes factos da realidade, por exemplo, Portugal é um país de tradição católica, o ideal da tradição católica é a verdade, só as mulheres podem estar grávidas e dar à luz. Depois, por dedução lógica, passo a passo, utilizando exclusivamente a razão, cheguei à conclusão - Portugal é um país feminino.
Hofstede fez diferente. No que respeita à característica que aqui interessa (masculinidade v. feminilidade) foi ele próprio que começou por definir o que é a feminilidade, algo que eu nunca fiz. Em seguida, concebeu um questionário que administrou em vários países do mundo, submetendo os resultados a tratamento estatístico. No final concluiu que Portugal, em comparação com outros países, era mais feminino que a média.
O meu propósito neste post é muito diferente. É ilustrar a diferença de métodos utilizados para chegar à verdade por um autor oriundo de um país distintamente protestante - a Holanda - e por outro oriundo de um país distintamente católico - Portugal. A verdade a que Hofstede e eu chegámos é idêntica - Portugal é uma sociedade tipicamente feminina. O método é que difere. Descreverei brevemente os dois métodos utilizados, deixando ao leitor o julgamento sobre qual deles, como regra geral, é mais adequado para chegar à verdade - no caso de o leitor possuir julgamento sobre a matéria, uma capacidade que, como já referi, é rara em Portugal.
Eu seleccionei apenas meia dúzia de grandes factos da realidade, por exemplo, Portugal é um país de tradição católica, o ideal da tradição católica é a verdade, só as mulheres podem estar grávidas e dar à luz. Depois, por dedução lógica, passo a passo, utilizando exclusivamente a razão, cheguei à conclusão - Portugal é um país feminino.
Hofstede fez diferente. No que respeita à característica que aqui interessa (masculinidade v. feminilidade) foi ele próprio que começou por definir o que é a feminilidade, algo que eu nunca fiz. Em seguida, concebeu um questionário que administrou em vários países do mundo, submetendo os resultados a tratamento estatístico. No final concluiu que Portugal, em comparação com outros países, era mais feminino que a média.
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Existem várias diferenças, mas há uma que salta à vista. Hofstede utilizou muitos recursos - dinheiro, colaboradores, tempo. Eu utilizei só um - a minha cabeça. (Na minha opinião muitas das conclusões de Hofstede são falsas devido à arbitrariedade das suas definições e, muito em particular, as definições de masculinidade e de feminilidade.)
1 comentário:
no norte da europa só a Gra Bretanha e Alemanha são masculinas. No sul Itália e Grecia são masculinas. O catolicismo tende a ser masculino ao contrário do q o Pedro tem dito.
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