Não sei o que se fuma ou bebe, ou que se fuma e bebe no JN, mas que é coisa boa não restam dúvidas. É cá um nevoeiro!Há dias, a redacção deste jornal decidiu enxovalhar publicamente o CEO do nosso BPN, porque este utilizou, no relatório e contas de 2008, a frase Obamástica: Yes, we can! Mal agradecidos, nem percebem que a simples existência de um “relatório e contas” do BPN, só por si, é um milagre.
Mas hoje, a coisa foi melhor. A manchete da primeira página destacou:
“Empresas cotadas dão um quarto dos dividendos a estrangeiros”.
Que é isto? Anda o Eng. Sócrates de chapéu na mão, pelo mundo fora, a solicitar IDE e vem depois esta malta estragar-lhe a futrica. As empresas cotadas têm accionistas, mas são todos iguais. Não há accionistas pretos, nem judeus, nem estrangeiros. Ainda por cima, o JN diz que a maioria são espanhóis. Os espanhóis não são estrangeiros, são cidadãos comunitários. Acordem meninos!
Mesmo sob o ponto de vista fiscal, os portugueses e “os estrangeiros” estão em perfeita igualdade de circunstâncias. Quando existem acordos de dupla tributação aplicam-se a todos. Quantas empresas portuguesas não têm as suas “holdings” lá fora?
Depois aquele dão... seria do Dão? As empresas não dão nada a ninguém, limitam-se a remunerar o investimento. Por favor... já nem o Avante utiliza esta linguagem.
Confessem: é Afegão?
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