19 março 2009

faltas de juizo



Praticamente todos os casos que alimentam a discussão na opinião pública sobre os temas da política resultam da falta de julgamento radical dos portugueses, ou dos governantes ou dos comentadores.

O primeiro-ministro José Sócrates, das duas vezes em que se viu pessoalmente mais apertado, foi em resultado de duas faltas de julgamento. Na primeira, quando já era ministro do ambiente, meteu uns empenhos a professores conhecidos para lhe facilitarem a aprovação em certas cadeiras do seu curso. Será que ele precisava de ter feito isto para acabar o curso? Não precisava, mas as faltas de juizo pagam-se caras.

No segundo caso foi talvez ainda pior. Ainda como ministro do ambiente terá aceitado que o primo ou o tio lhe metessem uma cunha para receber os empresários ingleses do Freeport. Falta de julgamento para quem como ele tinha ambições políticas. As faltas de juizo voltam a pagar-se caras.

Aquilo que estes dois erros de julgamento do eng. Sócrates provocaram na opinião pública, em primeiro lugar, foi o sentimento de iniquidade e a consequente indignação, gerando desejos de vingança. Os portugueses ficaram a pensar "Se fosse eu não tinha feito aquelas cadeiras de borla", num caso, e "Como eu não tenho cunhas para meter aos ministros nunca terei sucesso nos negócios".

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