Ontem vi o noticiário da noite da TVI, o “tablóide” de maior audiência em Portugal. Pelo menos metade do tempo (pareceu-me) foi gasto a denegrir a imagem do primeiro-ministro. Não me consigo recordar de todas as suspeitas levantadas, mas não faltou o caso Freeport, o apartamento de luxo, problemas diversos no Ambiente e uma lista de “amigos” que mais pareciam inimigos saídos das bouças. Mau ambiente, portanto.
Como não sou simpatizante do PS, nem amigo do primeiro-ministro, sinto-me completamente à vontade para afirmar que o espectáculo da TVI ultrapassa tudo o que é razoável, para além de prejudicar seriamente o País. Mesmo que Sócrates fosse culpado de metade das alegadas “trafulhices” a que a TVI aludiu, exige o bom senso que um órgão de comunicação social guarde alguma reserva sobre o presidente do governo. É uma questão de dignidade nacional.
Torna-se ainda necessário saber quais os interesses que movem o Grupo Prisa, proprietário da TVI. Suspeito que este comportamento noticioso não seria tolerado em Espanha e, portanto, pergunto-me se o Grupo Prisa não terá dois pesos e duas medidas.
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