Recentemente uma jovem economista portuguesa que trabalha numa multinacional alemã em Madrid, com colegas de várias nacionalidades, e que é uma leitora ocasional deste blogue, contou-me que tinha estado a discutir as minhas ideias com um colega holandês.
No final da conversa, confidenciou ao colega que eu era frequentemente muito mal tratado no blogue em que escrevia. O colega sugeriu-lhe então que eu fosse para a Holanda porque lá as pessoas, mesmo perante alguém com cujas ideias não concordavam, tratavam-no sempre respeitosamente.
Só podia vir de um país protestante, pensei. Mas a minha preocupação foi explicar à jovem portuguesa a realidade da sua cultura, em particular, que os portugueses são pessoas extremamente bem educadas - muito mais do que os holandeses - na suas relações privadas. Mas que era verdade que, em público, ao contrário dos holandeses, e sob um regime de liberdade de expressão, tinham essa tendência para lhes fugir o pé p'ró o chinelo.
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