Já não há mouros nem cristãos, não há nobres e vilões, não há legitimistas e constitucionais, não há cartistas e patuleias. A sociedade portuguesa acha-se dividida em dois únicos campos distintos e diversos: os que vivem no compadrio e os que não vivem no compadrio. Uns são os exploradores, os outros os explorados; uns pagam, os outros recebem; uns são os gordos, os outros os magros; uns mandam, os outros servem.
Por isso, o compadre deve ter na consideração dos povos um trono, um altar e um andor.
(Ramalho Ortigão e Eça de Queiroz, As Farpas: "A Grande Festa Nacional", 1882)
Por isso, o compadre deve ter na consideração dos povos um trono, um altar e um andor.
(Ramalho Ortigão e Eça de Queiroz, As Farpas: "A Grande Festa Nacional", 1882)
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