Os ricos não comem mais hambúrgueres. Certamente que vivem com mais conforto do que os pobres, mas não é nas despesas pessoais que estouram com as fortunas.
Os recursos que têm são investidos para se valorizarem ou são poupados. No primeiro caso criam empregos e portanto geram riqueza e cumprem uma função social. No segundo caso disponibilizam meios que podem ser utilizados, por terceiros, para investir e criar riqueza.
Penalizar os ricos com impostos elevados destrói a criação de riqueza, gera desemprego e, em última análise, ameaça a sustentabilidade do Estado-Providência.
O Estado pode captar, coercivamente, mais recursos dos ricos para redistribuir, mas é difícil criar empregos e aumentar o crescimento potencial desse modo. Penso que há uma grande unanimidade entre os economistas sobre esta matéria.
Pior do que isso, porém, é que é negativo para o País que o Estado assuma os riscos, de investimentos, que devem estar distribuídos por um grande número de entidades. Se uma empresa falir só os accionistas é que se vão lamuriar, contudo, se o País se tornar insolvente será uma catástrofe incalculável. Perderemos uma independência com 800 anos e teremos de servir a amos de outros falares.
O discurso de Sócrates, sobre o aumento de impostos para os ricos, que infelizmente são tão poucos em Portugal, no actual contexto económico, é um discurso tacanho e insisto no que aqui disse: tosco.
Os chamados “opinion makers” devem desmascarar estas propostas sem contemplações ou assumirem-se como colaboracionistas.
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