Em posts anteriores, tenho repetidamente afirmado que o povo português não possui sentido de justiça, um defeito que outras vezes tenho referido como falta de julgamento, a tal ponto que a característica decisiva que atribuí ao homem de elite, e que o distingue do povo, é precisamente a capacidade para julgar. O meu propósito neste post é o de elaborar sobre a falta de sentido de justiça do povo português, procurando saber especificamente no que ela consiste e algumas das suas maiores consequências.
O atributo essencial que caracteriza a justiça é a imparcialidade e é esse atributo que se espera de um juiz de direito, de um árbitro de futebol, de um professor que avalia os seus alunos, de um gestor que num concurso público tem de decidir entre várias propostas alternativas. A falta de sentido de justiça do povo português traduz-se, portanto na sua parcialidade. Chame-se o homem do povo a arbitrar uma contenda, ou a pronunciar julgamento sobre uma situação de conflito, e ele decide sempre a favor dos seus e, em última instância, a favor de si próprio.
Esta característica do povo português é evidente nos milhares de situações da vida em que o homem do povo é chamado a julgar. Nos debates sobre futebol, as decisões do árbitro, quando levantam dúvidas, prejudicam sempre a sua equipa, nunca a equipa adversária, significando que, se fosse ele a decidir, para corrigir tamanha injustiça, ele beneficiaria a sua equipa e prejudicaria a equipa adversária. Na rua, quando envolvido num acidente, a culpa é sempre do outro, nunca sua. A expressão popular segundo a qual, em Portugal "a culpa morreu solteira" significa que ela nunca conseguiu arranjar homem no país que tomasse conta dela.
Na política democrática, a extrema parcialidade do povo português rapidamente infecta o sistema partidário de um vírus que, com o tempo, lhe é fatal - a partidarite. Quando o homem do povo é chamado a julgar entre propostas alternativas dos diferentes partidos, ele pouco lhe interessa saber qual é a melhor, e decide sempre em favor do seu próprio partido. Por isso, quando a democracia eleva o homem do povo a lugares de decisão pública, o resultado não deve surpreender - o nepotismo.
O atributo essencial que caracteriza a justiça é a imparcialidade e é esse atributo que se espera de um juiz de direito, de um árbitro de futebol, de um professor que avalia os seus alunos, de um gestor que num concurso público tem de decidir entre várias propostas alternativas. A falta de sentido de justiça do povo português traduz-se, portanto na sua parcialidade. Chame-se o homem do povo a arbitrar uma contenda, ou a pronunciar julgamento sobre uma situação de conflito, e ele decide sempre a favor dos seus e, em última instância, a favor de si próprio.
Esta característica do povo português é evidente nos milhares de situações da vida em que o homem do povo é chamado a julgar. Nos debates sobre futebol, as decisões do árbitro, quando levantam dúvidas, prejudicam sempre a sua equipa, nunca a equipa adversária, significando que, se fosse ele a decidir, para corrigir tamanha injustiça, ele beneficiaria a sua equipa e prejudicaria a equipa adversária. Na rua, quando envolvido num acidente, a culpa é sempre do outro, nunca sua. A expressão popular segundo a qual, em Portugal "a culpa morreu solteira" significa que ela nunca conseguiu arranjar homem no país que tomasse conta dela.
Na política democrática, a extrema parcialidade do povo português rapidamente infecta o sistema partidário de um vírus que, com o tempo, lhe é fatal - a partidarite. Quando o homem do povo é chamado a julgar entre propostas alternativas dos diferentes partidos, ele pouco lhe interessa saber qual é a melhor, e decide sempre em favor do seu próprio partido. Por isso, quando a democracia eleva o homem do povo a lugares de decisão pública, o resultado não deve surpreender - o nepotismo.
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