Portugal vive, há pelo menos dez anos, traumatizado consigo mesmo. Inexplicavelmente, o “país dos brandos costumes” transformou-se num país de justiceiros e corruptos. As injecções de adrenalina são permanentes e já ninguém consegue viver sem “casos”. Nesse período de tempo foram, que me recorde, o “Caso Vale e Azevedo”, o “Caso Caldeira”, o “Caso Moderna”, o “Caso Independente”, o “Caso Isaltino”, o “Caso da Câmara de Lisboa”, o “Caso Apito Dourado”, o “Caso Casa Pia”, o “Caso BCP”, o “Caso BPN”, o “Caso BPP, o “Caso Gondomar”, o “Caso Fátima Felgueiras”, o “Caso Portucalle”, o “Caso Furacão”, o “Caso Freeport”, só para referir os mais conhecidos. Todos eles durante anos na justiça e nos media, e muitos deles ainda por terminar. Portugal é, de facto, um caso curioso.
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