A política de baixar as taxas de juro para estimular a economia não está a dar resultado. Os bancos centrais baixam as taxas directoras, mas nem por isso os bancos comerciais têm tornado o crédito mais acessível e mais barato. E isto não é surpreendente. Foi por concederem crédito em excesso que os bancos comerciais se colocaram na posição em que presentemente se encontram.
Por isso, em Inglaterra prepara-se a adopção de uma política de última instância e que me parece adequada nas presentes circunstâncias. Referida pelo nome de Quantitative easing, esta política consiste em pôr o Banco de Inglaterra a produzir notas e a comprar bens com elas, a começar pelo imobiliário.
O primeiro efeito desta política é o de injectar directamente liquidez na economia - o bem mais escasso de todos nas condições actuais. O Estado vai tornar-se um grande proprietário através das compras efectuadas pelo Banco Central, que é uma empresa pública, e iremos assistir, pelo caminho e na prática, a uma nacionalização maciça de bens e, provavelmente, de empresas.
As taxas de juro cairão a zero e a emissão monetária em massa fará cair drasticamente a libra nos mercados cambiais, literalmente fechando a economia britânica às importações. Numa situação em que o risco económico é o de deflação, esta política tem também por efeito travá-la, além de suster o aumento do desemprego.
Os americanos, desde que anunciaram no mês passado a redução das taxas directoras do Fed para o intervalo de zero a 0.25%, preparam-se para fazer o mesmo que os ingleses, e isso deixará a Europa numa situação difícil. Os alemães, que comandam o Banco Central Europeu, são adversários radicais desta política. Porém, se não a imitarem, a subida do euro face à libra e ao dólar, levará o desemprego na Europa a níveis estratosféricos (em Espanha, a taxa de desemprego anunciada esta semana, subiu já para 13.4%) e os PIGS, em particular, não vão resistir - vão ter de abandonar o euro.
Por isso, em Inglaterra prepara-se a adopção de uma política de última instância e que me parece adequada nas presentes circunstâncias. Referida pelo nome de Quantitative easing, esta política consiste em pôr o Banco de Inglaterra a produzir notas e a comprar bens com elas, a começar pelo imobiliário.
O primeiro efeito desta política é o de injectar directamente liquidez na economia - o bem mais escasso de todos nas condições actuais. O Estado vai tornar-se um grande proprietário através das compras efectuadas pelo Banco Central, que é uma empresa pública, e iremos assistir, pelo caminho e na prática, a uma nacionalização maciça de bens e, provavelmente, de empresas.
As taxas de juro cairão a zero e a emissão monetária em massa fará cair drasticamente a libra nos mercados cambiais, literalmente fechando a economia britânica às importações. Numa situação em que o risco económico é o de deflação, esta política tem também por efeito travá-la, além de suster o aumento do desemprego.
Os americanos, desde que anunciaram no mês passado a redução das taxas directoras do Fed para o intervalo de zero a 0.25%, preparam-se para fazer o mesmo que os ingleses, e isso deixará a Europa numa situação difícil. Os alemães, que comandam o Banco Central Europeu, são adversários radicais desta política. Porém, se não a imitarem, a subida do euro face à libra e ao dólar, levará o desemprego na Europa a níveis estratosféricos (em Espanha, a taxa de desemprego anunciada esta semana, subiu já para 13.4%) e os PIGS, em particular, não vão resistir - vão ter de abandonar o euro.
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Ao contrário daquilo que pode parecer, a política de Quantitative easing não representa nenhuma heresia. Pelo contrário, é o regresso a uma saudável ortodoxia, a de os bancos centrais emitirem notas contra a aquisição de bens, em lugar de emitirem notas contra a aquisição de títulos da dívida pública (e, mais recentemente, títulos de dívida privada também) .
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