05 janeiro 2009

princípios

Porque é que precisamos de princípios a priori? Porque dada a complexidade do mundo que nos rodeia, raramente é possível ter quaisquer certezas e tornam-se necessários alguns princípios orientadores. Princípios que sirvam de bússola.
A filosofia está na base de alguns desses princípios. Afirmar que o mundo existe, por exemplo, é um princípio metafísico inquestionável. O mesmo poderíamos dizer relativamente à verdade.
Como seres racionais podemos conhecer a realidade e dependemos desse conhecimento para sobreviver. Afirmar que nunca ninguém conhece a realidade é uma declaração perigosa para a espécie humana. O que nos interessa é sabermos que está ao nosso alcance conhecermos “o necessário e o suficiente” para a sobrevivência da espécie.
Os princípios a priori, é útil realçar, não são sempre “necessários”, podem ser contingentes. Serem válidos apenas em determinados contextos.
Apesar de sermos seres racionais, não devemos esquecer que também somos mamíferos. A nossa espécie, o Homo Sapiens, surgiu apenas há 150.000 anos, mas os nossos antepassados primatas têm mais de 3 milhões de anos. Esta “condição humana” não deve ser esquecida. Nós não somos alienígenas, nem almas penadas, somos o último patamar da evolução da vida na terra, mas sujeitos às mesmas regras dos outros. Por isso, aplica-se-nos outro princípio a priori, que não me tenho cansado de repetir, ou “crescemos e nos multiplicamos” ou perecemos.
Concluo com uma afirmação evidente: sem princípios a priori a espécie humana involuiria para a bestialidade.

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