23 janeiro 2009

atribuir responsabilidades

O alarido que por aí anda sobre o PSD, nomeadamente sobre as dificuldades de crescimento nas sondagens e a eventual responsabilidade de Pedro Passos Coelho nesse cenário, deve ser reconduzido à realidade. E esta é muito simples: o PSD anda a dar um espectáculo lamentável ao país, desde a deserção do ex-primeiro-ministro Durão Barroso, que nos prometera um futuro radioso em troca de sofrimentos passageiros. Os portugueses perderam, nessa altura, a confiança no PSD e ainda não se esqueceram disso.

Em seguida, quando o PSD tinha obrigação de ser um partido responsável e estável, conseguiu a proeza imensa de ter quatro presidentes em menos de quatro anos, numa sucessão lamentável de ditos e mexericos indignos de gente credível. Todos tiveram, diga-se em abono da verdade, responsabilidade pela situação actual a que o partido chegou, ainda que em desigual proporção.

O que não é possível, neste momento, é isentar os actuais responsáveis do partido por essa situação, nomeadamente pelas derrotas eleitorais que se antevêem, menos ainda procurar passar essas culpas a quem não tem quaisquer funções no partido, nem as teve recentemente, nomeadamente a Pedro Passos Coelho. É bom ter presente que os actuais responsáveis andaram a pedir a demissão do líder anterior por falta de credibilidade, prometendo que a trariam para o PSD e que, com ela, voltariam a colocar o partido na disputa da vitória das próximas legislativas. Essas pessoas têm nome e rosto. Entre outras, destacam-se Pacheco Pereira, António Capucho, Aguiar Branco, António Borges e Paula Teixeira da Cruz. E, claro, já agora, Manuela Ferreira Leite. Se o PSD perder as próximas eleições, é a eles, e não a Passos Coelho, que se devem pedir responsabilidades.

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