Quando uma empresa entra em falência, os responsáveis têm de sair para dar o lugar a uma nova liderança. Estas são as regras do jogo.
Penso que o mesmo se passa na política, em particular quando surgem problemas idênticos aos que nos estão a afectar. O governo falhou as reformas estruturais, não diminuiu a despesa do Estado que já representa 50% do PIB, mostrou-se lento a reagir à crise internacional, delapidou, com orçamentos irrealistas, qualquer capital de credibilidade que tivesse tido e pretende continuar a implementar medidas desastrosas para a economia nacional.
Destas, merece especial destaque a promessa de aumentar os impostos para os rendimentos mais elevados. Sócrates fala de uma descida de impostos para os rendimentos mais baixos e da eliminação de deduções fiscais para os rendimentos mais elevados, mas o saldo entre estas duas medidas só poderá ser mais um aumento da carga fiscal, se o primeiro-ministro for coerente com a sua actuação anterior.
Ora um aumento da carga fiscal, em plena recessão económica, não só é mais do mesmo, como é uma garantia absoluta de uma recuperação mais lenta. A actual liderança está portanto esgotada.
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