Toda a gente se indigna com a tradicional deserção condicionada dos nossos deputados eleitos em listas partidárias, que passam a “independentes” e permanecem deputados. O caso ocorreu, agora, com um qualquer cavalheiro do CDS que foi parar milagrosamente à Assembleia, vindo de um obscuro quarto lugar da lista de deputados do círculo Porto. O homem parece que foi colocado nas listas, sem honra nem glória, a pedido (a mando) do chefe do partido que acabou de renegar. Os partidos não podem, porém, queixar-se desta situação. A coisa deve-se exclusivamente a uma legislação eleitoral feita e desenhada para agradar aos directórios partidários, e para manter o controlo das listas de deputados. Volta e meia, lá sai um “desertor”, um “traidor”, em “magarefe” que, em vez de restituir o lugarzinho ao chefe, fica a gozar as prebendas que este lhe dá até ao fim da legislatura. Experimentem os partidos mudar a lei eleitoral e criar círculos uninominais, que a coisa será diferente. Para os partidos e, naturalmente, para os Carvalhos da política, que terão de suar para se conseguirem sentar nos cadeirões de S. Bento.17 dezembro 2008
os cadeirões de s. bento
Toda a gente se indigna com a tradicional deserção condicionada dos nossos deputados eleitos em listas partidárias, que passam a “independentes” e permanecem deputados. O caso ocorreu, agora, com um qualquer cavalheiro do CDS que foi parar milagrosamente à Assembleia, vindo de um obscuro quarto lugar da lista de deputados do círculo Porto. O homem parece que foi colocado nas listas, sem honra nem glória, a pedido (a mando) do chefe do partido que acabou de renegar. Os partidos não podem, porém, queixar-se desta situação. A coisa deve-se exclusivamente a uma legislação eleitoral feita e desenhada para agradar aos directórios partidários, e para manter o controlo das listas de deputados. Volta e meia, lá sai um “desertor”, um “traidor”, em “magarefe” que, em vez de restituir o lugarzinho ao chefe, fica a gozar as prebendas que este lhe dá até ao fim da legislatura. Experimentem os partidos mudar a lei eleitoral e criar círculos uninominais, que a coisa será diferente. Para os partidos e, naturalmente, para os Carvalhos da política, que terão de suar para se conseguirem sentar nos cadeirões de S. Bento.
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