21 dezembro 2008

marxist management

Muitos gestores portugueses são comunistas. Deixem-me qualificar melhor esta afirmação, muitos gestores portugueses têm uma visão Marxista da sociedade e da economia. Analisam a sociedade em termos de classes e subscrevem a teoria Marxista da criação de valor.
Esta perspectiva ocorreu-me durante a leitura do livro do Huerta de Soto, que aqui citei, e resulta de observar a postura “confrontacional” de muitas administrações de empresas e o modo rústico como pretendem criar valor para os clientes e para os accionistas.
Para Marx, o lucro resulta da “exploração do homem pelo homem” e portanto é o que se paga a menos a quem produz. Podemos ver este princípio em acção em muitas empresas onde a gestão esmifra os trabalhadores para acrescentar umas décimas ao rendimento dos accionistas. Penso que é um tipo de gestão Marxista, se me é permitido usar esta expressão.
Para a escola Austríaca, a criação de valor não resulta de qualquer exploração. É o resultado da acção humana. Se os gestores portugueses se preocupassem mais em criar valor para os clientes e menos em explorar os trabalhadores, seria melhor para todos. O Marxismo já é péssimo para a classe operária, agora na gestão...

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