Ao longo dos últimos anos, tenho observado a ocorrência de certos fenómenos políticos com um quase carácter de inevitabilidade. Eu explico melhor. Algumas expectativas da verificação futura de determinados acontecimentos são de tal modo fortes, que acabam por tornar-se inevitáveis. Enuncio cinco recentes: a eleição de Obama nos EUA; a queda do governo de Santana Lopes; a eleição presidencial de Cavaco Silva; a vitória de José Sócrates nas próximas legislativas; e a cedência do governo à pressão actual dos professores.
O processo tem uma forte participação da comunicação social, que vai contribuindo para que se gere, em crescendo, na opinião pública o convencimento da inevitabilidade futura e próxima desses factos. Mas ela não o explica na totalidade. Existe outra razão mais importante e, a meu ver, mais preocupante: o esvaziamento gradual da consciência crítica dos cidadãos e das populações, que corresponde, no fim de contas, a um sentimento progressivo que os domina de que a sua participação cívica e política não tem qualquer relevância. No fim de contas, é bem capaz de ser verdade.
O processo tem uma forte participação da comunicação social, que vai contribuindo para que se gere, em crescendo, na opinião pública o convencimento da inevitabilidade futura e próxima desses factos. Mas ela não o explica na totalidade. Existe outra razão mais importante e, a meu ver, mais preocupante: o esvaziamento gradual da consciência crítica dos cidadãos e das populações, que corresponde, no fim de contas, a um sentimento progressivo que os domina de que a sua participação cívica e política não tem qualquer relevância. No fim de contas, é bem capaz de ser verdade.
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