24 novembro 2008

Mulherido


Em posts anteriores, nomeadamente aqui e aqui, o Joaquim tem desenvolvido um novo conceito: o mulherido!

Apesar de ainda não ter entendido a sua origem, é um assunto que me interessa. Cada vez mais, os homens demitem-se do seu papel tradicional no seio da família. Não se trata de uma fantasia. É, infelizmente, a realidade.

Será que este fenómeno se deve à desigualdade, à inequidade e à descrença que hoje afecta a classe média, em particular, os seus homens? Afinal, um dos aspectos que, na minha opinião, diferencia a atitude dos homens e das mulheres no trabalho é a finalidade com que trabalham. Os homens, em geral, procuram reconhecimento e poder. Pelo contrário, as mulheres procuram uma ocupação, que lhes complemente a realização pessoal que obtêm através da família e dos filhos. Em baixo, uma citação a propósito deste tema:

"Outro sinal de que nem tudo está bem na América da classe média é o número de homens adultos casados que não trabalham. Nas últimas quatro décadas, este número tem vindo a aumentar de forma regular de cerca de dez por cento para 22 por cento. É verdade que o número de mulheres casadas a trabalhar subiu no mesmo período de 32 para 62 por cento, o que pode explicar-se pelo facto de os homens se estarem a reformar, deixando que as mulheres tragam o cheque para casa. Mas outra explicação possível é de que cada vez mais homens estejam a deixar de reagir ao despertador.", Obamanomics, John Talbott (págs. 66 e 67).

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