Neste post abordei o modo como as mães podem infantilizar a prole, através da exploração do complexo maternal . Vamos agora, como prometido, às esposas.
No paradigma ancestral, que sobrevive como arquétipo, cabia ao macho ir à caça e trazer para casa os recursos indispensáveis para as mulheres e para os filhotes, assim como garantir a segurança da família. Isso envolvia o gosto pela aventura e pelo risco, associado a um sentido de responsabilidade e de dever.
No mundo moderno, porém, as mulheres são chamadas a dar um contributo económico para o lar, a segurança, pelo menos contra os ataques de outros hominídeos, é confiada ao Estado e até a educação das crias caiu na esfera pública.
Que papel sobra para os machos? Como é possível às fêmeas domesticá-los, para transformarem as bestas em carinhosos auxiliares de acção educativa e em fadinhas do lar?
Penso que a resposta reside, de novo, no complexo maternal. É possível domesticá-los apelando à tendência natural para “regressar ao útero”, para sermos eternas crianças, para nos comportarmos como meninos-mimados.
O que não podemos esperar é que a mesma pessoa, que se tornou tão habilidosa a mudar fraldas e a cozinhar lasagna, tenha o rasgo necessário para “dar novos mundos ao mundo”.
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