O complexo maternal, já aqui expliquei, é uma das tendências mais negativas que transportamos. Negativas para um adulto, porque nunca teríamos sobrevivido à infância sem essa atracção pelo colo e pela dependência materna. Contudo, quando essa tendência se arrasta para lá da infância, transformamo-nos em meninos-mimados e tornamo-nos incapazes de desfrutar plenamente da vida.
Que forças contribuem para a disfunção do complexo maternol. Gostaria de destacar duas: a acção das mães e mais tarde a das esposas.
Vamos começar pelas mães e no próximos posts falaremos das esposas. A tarefa das mães é tornarem os filhos independentes, capazes de abandonarem o ninho e de constituírem as suas próprias famílias. Por vezes, porém, privilegiam a família própria e o trono matriarcal em detrimento da independência dos filhos.
Penso que isto acontece mais nos países Católicos do que nos países protestantes e concordo com o PA que por cá temos mais meninos-mimados. Ora como procedem as mães que querem infantilizar os filhos?
Apaparicam-nos com atenções. Recompensam os gestos de dependência e castram qualquer autonomia. Desautorizam os pais, símbolo da racionalidade e da autoridade. Concentram-se nas emoções das crianças. Fazem das crianças o centro do lar. Alimentam a hipocondria infantil, tornando-as débeis. Desincentivam a competição e o sentido da propriedade. Por fim, não lhes desenvolvem a resistência à frustração e o espírito de sacrifício.
Depois de anos deste tipo de dedicação as crianças tornam-se uns inúteis, um peso para a comunidade que tem que os alimentar e entreter como se o País fosse um gigantesco “kindergarten”.
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