Toda uma vasta literatura académica consagrada à análise cultural das sociedades latinas ou católicas do sul da Europa e da América Latina chega à mesma conclusão - são sociedades de meninos-mimados. Indicadores empíricos apontam no mesmo sentido (ver aqui).
Assim, Edward Banfield, ao estudar a comunidade de Montegranesi no sul da Itália, conclui: "A indulgência dos pais permitindo aos filhos comportarem-se de modo egoísta e irresponsável ... (conduz a que) ... as pessoas, uma vez tornada adultas, se comportem como meninos mimados porque foram educadas como meninos mimados".
Uma das características dos meninos mimados são os caprichos, isto é, o direito que eles próprios se atribuem a viver nas condições que eles próprios determinam, irrespectivamente de tudo o resto e de todos os outros: Estou aqui, quero estar aqui e daqui ninguém me tira. Este comportamento tem uma expressão peculiar nas relações de trabalho e que é notado aqui (no antepenúltimo parágrafo) por observadores dinamarqueses, a saber: o português típico quando está insatisfeito com o seu emprego e o seu empregador, em lugar de se vir embora e procurar vida noutro lado, fica lá a vida inteira a aborrecer todos quantos o rodeiam, a começar pelo seu empregador, que é quem lhe paga o salário.
A esmagadora maioria dos professores que ontem se manifestaram em Lisboa não tiveram comportamento diferente. Não gostam do empregador que têm ao ponto de pedirem a sua demissão, não concordam com as regras do trabalho, não se sentem bem no emprego. A questão pertinente a colocar é então: "O que é que lá estão a fazer? O que é que esperam para se virem embora e deixarem de chatear quem vos dá o sustento?"
A única resposta plausível é a do menino-mimado: "Estou aqui, fico aqui, daqui ninguém me tira! Têm de me sustentar e têm de me aturar!", ao mesmo tempo que bate com os pés no chão.
Assim, Edward Banfield, ao estudar a comunidade de Montegranesi no sul da Itália, conclui: "A indulgência dos pais permitindo aos filhos comportarem-se de modo egoísta e irresponsável ... (conduz a que) ... as pessoas, uma vez tornada adultas, se comportem como meninos mimados porque foram educadas como meninos mimados".
Uma das características dos meninos mimados são os caprichos, isto é, o direito que eles próprios se atribuem a viver nas condições que eles próprios determinam, irrespectivamente de tudo o resto e de todos os outros: Estou aqui, quero estar aqui e daqui ninguém me tira. Este comportamento tem uma expressão peculiar nas relações de trabalho e que é notado aqui (no antepenúltimo parágrafo) por observadores dinamarqueses, a saber: o português típico quando está insatisfeito com o seu emprego e o seu empregador, em lugar de se vir embora e procurar vida noutro lado, fica lá a vida inteira a aborrecer todos quantos o rodeiam, a começar pelo seu empregador, que é quem lhe paga o salário.
A esmagadora maioria dos professores que ontem se manifestaram em Lisboa não tiveram comportamento diferente. Não gostam do empregador que têm ao ponto de pedirem a sua demissão, não concordam com as regras do trabalho, não se sentem bem no emprego. A questão pertinente a colocar é então: "O que é que lá estão a fazer? O que é que esperam para se virem embora e deixarem de chatear quem vos dá o sustento?"
A única resposta plausível é a do menino-mimado: "Estou aqui, fico aqui, daqui ninguém me tira! Têm de me sustentar e têm de me aturar!", ao mesmo tempo que bate com os pés no chão.
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Como reage um homem adulto - ou um dinamarquês, um canadiano, um inglês, um alemão, enfim, um homem de cultura protestante - perante uma situação semelhante? Vem-se embora do ensino público e dá um outro destino à sua vida enquanto murmura "Estou agora para aturar esta gangada..."
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