Não é fácil imaginar profissão mais ingrata que a de um professor do ensino secundário público português: baixos salários, condições de trabalho rudimentares, indisciplina generalizada nas salas de aula, exercício da profissão sem autoridade, demissão dos órgãos directivos do exercício efectivo das suas responsabilidades, e, a cereja do bolo, a célebre “mobilidade”, própria dos servidores do estado napoleónico, que faz com que um cidadão de Mirandela, pai de filhos e exemplar chefe de família, tivesse que ir dar aulas a Silves para prover o seu sustento (esta situação parece, entretanto, abrandada pelo governo actual).
O professor é o ponto nevrálgico de qualquer sistema educativo. Onde não houver professores bem tratados, isto é, a exercerem dignamente as suas profissões, não haverá escolas decentes. Para isso, seria necessário que os professores pudessem exercer o seu magistério nos locais onde têm família, ou onde residem em permanência; que tivessem escolas com conselhos directivos actuantes e com autoridade; que existissem infra-estruturas pedagógicas satisfatórias nas escolas (boas salas, boas carteiras, boas bibliotecas, acesso à internet e boas salas de informática, gabinetes de trabalho e salas de reuniões, etc.); que o sistema de avaliação existisse e não tivesse sido destruído por gerações de experimentalistas do Ministério da Educação; que lhes fosse permitido aceder a condições para se graduarem superiormente (mestrados e doutoramentos), de forma a poderem ampliar e melhorar os seus conhecimentos; e, last but not least, que não tivessem medo dos alunos.
Ora, tudo isto está muito longe de acontecer nas escolas públicas, que são do estado português. Note-se que nas escolas privadas, as tais que estão sempre no topo dos rankings nacionais, este género de problemas não costuma verificar-se. Aí, quem avalia os professores e a qualidade de ensino são os proprietários das escolas e o mercado, isto é, os pais dos alunos que pagam o ensino que os seus filhos recebem.
A conclusão é evidente: o ensino público deve ser privatizado, ou, pelo menos, passar da tutela centralista do Ministério, para órgãos políticos locais ou regionais. Todas as outras medidas provindas do Ministério serão sempre paliativos para distrair o pagode.
O professor é o ponto nevrálgico de qualquer sistema educativo. Onde não houver professores bem tratados, isto é, a exercerem dignamente as suas profissões, não haverá escolas decentes. Para isso, seria necessário que os professores pudessem exercer o seu magistério nos locais onde têm família, ou onde residem em permanência; que tivessem escolas com conselhos directivos actuantes e com autoridade; que existissem infra-estruturas pedagógicas satisfatórias nas escolas (boas salas, boas carteiras, boas bibliotecas, acesso à internet e boas salas de informática, gabinetes de trabalho e salas de reuniões, etc.); que o sistema de avaliação existisse e não tivesse sido destruído por gerações de experimentalistas do Ministério da Educação; que lhes fosse permitido aceder a condições para se graduarem superiormente (mestrados e doutoramentos), de forma a poderem ampliar e melhorar os seus conhecimentos; e, last but not least, que não tivessem medo dos alunos.
Ora, tudo isto está muito longe de acontecer nas escolas públicas, que são do estado português. Note-se que nas escolas privadas, as tais que estão sempre no topo dos rankings nacionais, este género de problemas não costuma verificar-se. Aí, quem avalia os professores e a qualidade de ensino são os proprietários das escolas e o mercado, isto é, os pais dos alunos que pagam o ensino que os seus filhos recebem.
A conclusão é evidente: o ensino público deve ser privatizado, ou, pelo menos, passar da tutela centralista do Ministério, para órgãos políticos locais ou regionais. Todas as outras medidas provindas do Ministério serão sempre paliativos para distrair o pagode.
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