O capitalismo é a forma natural da livre organização económica em sociedade. É o resultado, diria, da natureza humana em acção. Tanto que podemos conceber que este regime de trocas sempre existiu.
Contrariamente, o socialismo é uma invenção ultramoderna, um constructivismo social, um modo de forçar os seres humanos a produzirem num enquadramento que lhes é estranho. É por isso que considero o socialismo uma perversão.
Nas sociedades socialistas a estrutura produtiva é diferente do capitalismo, mas a natureza humana permanece a mesma. Os indivíduos continuam a lutar pelos seus interesses pessoais e a competirem com os demais. Só que, como a acumulação de capital está interdita, passam a competir por poder.
Com poder, nas sociedades socialistas, é possível ascender ao consumo e até viver em grande luxo. A manada (não há cidadãos nas sociedades socialistas) esforça-se portanto por conseguir poder, com a mesma ganância e determinação que nas sociedades capitalistas os indivíduos se esforçam por enriquecer.
Portugal, enquanto País socialista, é um exemplo disto mesmo. A classe política aufere rendimentos e um estatuto superior ao comum dos mortais e, como já devem ter reparado, não há crise que os afecte. As crises, no socialismo, são para a ralé.
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