27 outubro 2008

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Os efeitos da presente crise nos mercados financeiros podem considerar-se já catastróficos. A manterem-se, sem que os mercados ofereçam sinais de recuperação, e tendo em atenção que os mercados financeiros tendem a antecipar a chamada economia real, muito em breve estaremos a viver uma situação muito difícil praticamente em todo o mundo.

Como procurei antecipar há dias, a crise está agora a testar a capacidade dos Estados Nacionais e das instituições internacionais, como o FMI e a UE, depois de ter vencido os bancos. Após o primeiro caso da Islândia, vários países foram já parar aos braços do FMI, o último a Ucrânia. O proximo, provavelmente ainda hoje, será a Hungria.

Tendo começado a testar um a um os países da UE, mas não ainda os da zona euro, o desenvolvimento esperado é que o faça a partir de agora. Manifestar-se-à através de um ataque especulativo contra o euro - que já está a decorrer - e, depois, contra os títulos da dívida pública dos respectivos países. Os mais vulneráveis são os PIGS - Portugal, Italy, Greece, Spain. Para acompanhar o desenrolar desta fase da crise o indicador mais importante é o spread (diferença) entre a taxa de juro paga pelos títulos da dívida pública de cada um destes países e a taxa de juro paga pelos títulos da dívida pública alemã, aqual serve de referência. Quanto maior o spread menor é a confiança que o mercado deposita na solvência do Estado desse país. (Ver aqui)

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