22 outubro 2008

genius

Ontem li uma breve, no DE, com a opinião de um notável ex-banqueiro afirmando que Portugal necessita de uma Universidade de categoria mundial e que para tal seria suficiente contratar aí uma meia dúzia de prémios Nobel.
Os banqueiros costumavam ser pessoas sensatas, pouco dadas a opinar sobre assuntos que desconhecem, mas obviamente vivemos noutra era. Fazer uma afirmação deste calibre, se me permitem a comparação, seria como dizer que uma tasca poderia obter três estrelas Michelin se recrutasse um Chef de categoria e lhe pedisse para confeccionar refeições gourmet com os produtos da mercearia do lado.
Quando os laureados chegassem e topassem que os meninos que chegam à universidade mal sabem ler e escrever, são uma autênticas esponjas, vestem-se com hábitos do passado, dedicam-se a praxes medievais e ouvem música boçal, ficariam estarrecidos.
Depois, quando lhes dissessem que o máximo ordenado que poderiam auferir seria o do primeiro-ministro, o que é que os prenderia aqui?
A não ser que o referido banqueiro quisesse fazer com os prémios Nobel o que fazia com os depósitos dos seus clientes: eles só lá estariam nominalmente. Brilhante este rapaz!

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