A mini cimeira deste fim de semana, que reuniu os pesos pesados da Europa e o Banco Central Europeu, foi uma aberração. À chegada especulava-se acerca da criação de um fundo dotado de mais de 300 mil milhões de euros com vista a limpar os activos tóxicos da banca europeia (algo parecido com o bailout Paulson), mas à saída anunciou-se um plano de apoios às PME's europeias avaliado em pouco mais de 15 mil milhões. Enfim, alhos com bogalhos. E o inimitável Sarkozy ainda teve a distinta lata de afirmar que o tal fundo europeu não chegou a ser proposto!
Com a aprovação do plano Paulson, a Europa também terá de fazer a sua parte. O evento deste fim de semana tratou de demonstrar que na Europa qualquer decisão colegial, semelhante à que foi tomada em segunda instância pelo Congresso norte-americano, é impraticável. Por isso, as acções unilaterais serão a regra. A Irlanda, a Grécia e agora a Alemanha! Sim, a Alemanha, que ao que consta tem entre mãos um caso particularmente bicudo e que não se chama Hypo.
De resto, é o facto da Alemanha também estar metida no meio desta grande confusão que, ao contrário do que o PA sugere neste post, me leva a acreditar que a confiança na "creditworthyness" dos Estados europeus resistirá ao ataque da crise. É isso ou o final do Euro que, não nos esqueçamos, foi o elemento que nos últimos anos permitiu à Alemanha recuperar a liderança política da Europa e um certo protagonismo na cena internacional.
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