O pior da actual crise financeira é que o seu tempo não se adequa à natureza humana. Depois de nos interessarmos pelo assunto e de entrarmos, por assim dizer num “plateau”, a crise arrasta-se dolorosamente sem que se atinja o clímax e o consequente relaxamento.
Antecipamos que algo vai acontecer, que deve estar mesmo para acontecer, que não pode deixar de acontecer, que já aconteceu com o pessoal do lado, mas depois é o vazio e o tédio. Obviamente, este não é o “tempo” ideal para tomarmos decisões acertadas.
Quando sou confrontado com situações deste tipo, tento isolar-me do problema para depois o reanalisar, mais tarde e a sangue frio.
Por vezes, a melhor solução para arrumar estes assuntos é simular o clímax. Talvez seja do que estejamos a necessitar, uma simulação de um clímax colectivo, para respirarmos de novo e partirmos para outra.
Talvez a Igreja possa organizar qualquer coisinha. Em Fátima?
Sem comentários:
Enviar um comentário