Ninguém consegue viver permanentemente acima das suas possibilidades. Nem ninguém, nem nenhuma organização, nem até o Estado. Enquanto formos honrando os nossos compromissos podemos passar despercebidos, contudo, quando uma situação deficitária fica exposta, e se torna claro que mais tarde ou mais cedo iremos entrar em incumprimento, a derrocada é fatal.
Todos conhecemos famílias que vivem acima das suas posses, por assim dizer. Vão equilibrando o défice com novos créditos, vendendo activos, hipotecando, consumindo a Visa, etc. Este tipo de situações pode arrastar-se durante anos, até que, por um motivo ou por outro, toda a situação se torna conhecida e então é o colapso.
Neste casos, o melhor é fazer o balanço, negociar com os credores e arrumar o assunto. Enquanto isto não for feito não haverá mais crédito.
Na crise financeira que atravessamos passa-se o mesmo, mas numa escala “galáctica”. Não adianta os governos segurarem os bancos se eles próprios estão numa situação deficitária e sem possibilidades de a resolveram. Em última instância serão os próprios Estados a entrar em falência.
Atendendo a que muitos dos programas sociais do Estado são financiados a crédito, tá-se mesmo a ver o que vai acontecer, não está?
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