O desprezo pela vida humana é o resultado directo do niilismo. Se não reconhecermos quaisquer valores transcendentais, tudo pode ser posto em causa, inclusive o direito inalienável à vida.
O estudante finlandês que assassinou dez dos seus colegas de escola, esta semana, é fruto da cultura niilista. Numa nota que deixou, afirma que tem ódio à humanidade. Infelizmente não está só, o ódio à humanidade é um sentimento partilhado e alimentado por muitos intelectuais, quando percebem que a populaça rejeita as suas miríficas soluções.
A ideia de Deus não é apenas uma construção religiosa. É um valor cultural, sem o qual a vida não faz sentido. Se aceitarmos que fomos criados por Deus, no sentido metafísico, e dotados por Ele de direitos inalienáveis, então podemos afirmar que a vida é sagrada.
Para quem acredita em Deus é muito fácil condenar os actos deste estudante finlandês, porque matar é um pecado capital (em todas as religiões que conheço). Para um ateu é impossível encontrar razões absolutas de condenação. Se disser que é ilegal, por exemplo, podemos responder-lhe que as Leis mudam. Só há uma Lei que não muda, os mandamentos de Deus.
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