A televisão nos EUA é deplorável, intragável, obscena, faltam-me adjectivos. É uma espécie de síntese do pior da TVI, com o pior da SIC e o pior do CN1. Já nem me refiro às Oprahs e afins, apenas aos noticiários.
As notícias verdadeiras, concentradas em 15 segundos, alternam com as pseudo-notícias, as entrevistas sucedem-se a um ritmo alucinante, apenas sobre emoções. O que sentiu? O que imaginou? O que gostaria de fazer?
Os entrevistados são muitas vezes a escória social, delinquentes, presos, marginais de todo o tipo, a quem se dá tempo de antena e credibilidade. É a sociedade do espectáculo no seu esplendor!
Como reflexo desta realidade, a publicidade destina-se apenas à ralé: Na Fox News, a publicidade é pouca e é apenas de agências que resolvem problemas de insolvência, compras por impulso e pouco mais.
A minha surpresa com esta situação resulta de dois factos: Em primeiro lugar, a degradação tem sido progressiva. Em segundo lugar, os sites noticiosos dos canais das televisões norte-americanas não reflectem cabalmente as programações. Ora como internauta tinha fabricado uma imagem diferente, por exemplo da Fox News.
A internet permitiu uma segmentação do mercado inimaginável há 5 ou 10 anos. Com a banda-larga e o vídeo na net, as elites desligaram a TV. O mesmo que se está a passar por cá.
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