Sexta-feira passada era “festivo” em Espanha e Madrid estava deserta, um choque para quem mal tinha acabado de chegar de Nova Iorque. No táxi, de Barajas para o bairro de Salamanca, conversei com o condutor sobre a crise económica espanhola e procurei indagar se ele conseguia relacionar, de algum modo, a crise com a baixa produtividade dos espanhóis, com as suas famigeradas férias de 30 dias, “festivos” e “siestas”. Na América, disse, quase ninguém tira mais de uma semana de férias por ano..
-És por esso que yo vivo en España!
-Podemos sempre optar por ser pobres, comentei.
-En EEUU hay muchos pobres.
Expliquei-lhe então que na América não há pobres. Aliás, também não há pobres em Espanha e até na maior parte dos países da UE.
Depois de reflectir um pouco, disse-me: - Sí, pobreza extrema no hay. Ni en España, ni en EEUU.
Gracias. Ao melhor estilo yankee, dupliquei-lhe a “propina”.
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