Infelizmente, a primeira constatação é óbvia: a direita, hoje e de há uns tempos para cá, em pouco se distingue da esquerda. Ideologicamente, deixou-se cativar pelo discurso do Estado Social e pelo intervencionismo keynesiano mais básico. Algumas ocorrências históricas sucedidas ao longo do século XX, como o fascismo e certos caudilhismos totalitários, dos quais ela nem sempre se demarcou como deveria, reforçaram-lhe o tom estatista. Uma leitura apressada da Doutrina Social da Igreja e a pretensão de a transpor para o mundo da política pura, fizeram o resto. Politicamente, a confusão é ainda mais acentuada, sendo difícil, por vezes impossível, compreender o que distingue um partido de direita de um partido de esquerda: o mesmo discurso social, as mesmas propostas sobre os sectores básicos (saúde, educação, finanças, justiça, obras públicas, etc.), a mesma visão do estado, a preocupação pela “justiça social” redistributiva, apenas com ligeiríssimas alterações de grau entre umas e outras.
Esta diluição de fronteiras é perigosa e indesejável. Ela foi agravada com o anunciado “fim da História” e o triunfo do capitalismo. Só que nem a história política terminou, menos ainda vivemos em capitalismo. Sob o falso manto de um mercado livre global e da universalização da democracia representativa, o estado tem progredido violentamente sobre as liberdades individuais, asfixiando-as. A essência do capitalismo – a propriedade e a liberdade contratual – são controladas, diminuídas, vigiadas e intermediadas pelo estado. Dirão, alguns, que estamos perante um “capitalismo de estado”. A expressão é, em si mesma, contraditória e insustentável: onde há estado não há capitalismo, há socialismo.
O regresso da direita aos valores da liberdade implica um exercício muito simples: abandonar definitivamente o socialismo e proclamar-se desabridamente defensora do capitalismo. Nada mais do que isto.
Esta diluição de fronteiras é perigosa e indesejável. Ela foi agravada com o anunciado “fim da História” e o triunfo do capitalismo. Só que nem a história política terminou, menos ainda vivemos em capitalismo. Sob o falso manto de um mercado livre global e da universalização da democracia representativa, o estado tem progredido violentamente sobre as liberdades individuais, asfixiando-as. A essência do capitalismo – a propriedade e a liberdade contratual – são controladas, diminuídas, vigiadas e intermediadas pelo estado. Dirão, alguns, que estamos perante um “capitalismo de estado”. A expressão é, em si mesma, contraditória e insustentável: onde há estado não há capitalismo, há socialismo.
O regresso da direita aos valores da liberdade implica um exercício muito simples: abandonar definitivamente o socialismo e proclamar-se desabridamente defensora do capitalismo. Nada mais do que isto.
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