Há uns tempos, durante uma conferência de altos estudos científicos, um ilustre catedrático português rebatizou a velhinha “real politique”, do velhinho Metternich, de “royal politique”.
Na altura, a coisa passou, junto de alguma assistência mais maldosa, como uma alarvidade inqualificável, já que a dita “politique” era “real” de real e de realismo político, e não exactamente “royal” de real e de régio.
Passado algum tempo, tendo meditado profundamente nas ilustres palavras da ilustre personagem, parece-me agora evidente que ele tinha razão e que a maldosa assistência estava equivocada. O “royal” que ele referiu não era a “royal” monárquica, mas o “royal” de Pudim Royal. Bela imagem para qualificar não o equilíbrio de poderes e o realismo político, mas a pastelada mole, peganhenta, frouxa e trémula em que se transformou a política portuguesa. Um belo e inovador conceito, sem dúvida.
Na altura, a coisa passou, junto de alguma assistência mais maldosa, como uma alarvidade inqualificável, já que a dita “politique” era “real” de real e de realismo político, e não exactamente “royal” de real e de régio.
Passado algum tempo, tendo meditado profundamente nas ilustres palavras da ilustre personagem, parece-me agora evidente que ele tinha razão e que a maldosa assistência estava equivocada. O “royal” que ele referiu não era a “royal” monárquica, mas o “royal” de Pudim Royal. Bela imagem para qualificar não o equilíbrio de poderes e o realismo político, mas a pastelada mole, peganhenta, frouxa e trémula em que se transformou a política portuguesa. Um belo e inovador conceito, sem dúvida.
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