A novela em redor da nova administração do BPN continua. Parece que Miguel Cadilhe avança mesmo - depois de ter negociado com o BPN um pacote que cobre a pensão vitalícia que perderá junto do BCP. Hoje, o DE noticia que um dos membros da administração proposta por Cadilhe é um antigo administrador da CGD, de seu nome António Vila Cova, que beneficia junto do banco estatal de uma pensão de reforma por invalidez. Incapacidade essa que, no entanto, não o impede de exercer o cargo de administrador na construtura Mota Engil. Parece-me que Cadilhe está a cavar a sua cova antes sequer de iniciar o mandato no BPN.
Esta é a segunda vez que aqui escrevo sobre Miguel Cadilhe. Por aquilo que lhe conheço, de intervenções públicas, parece-me um indíviduo credível que, de resto, é a qualidade que o BPN tanto busca e que parece ter encontrado em Cadilhe. Mas, o ex-ministro das Finanças de Cavaco, mais uma vez, volta a torpedear-se a si próprio. Primeiro, a negociação, na praça pública, da pensão vitalícia que tem no BCP. E agora, a inclusão na sua lista de outras pessoas que também poderão voltar atrás se não resolverem as suas eventuais incompatibilidades. Mas quem fica pior nesta história toda é o BPN. A ideia que passa é de que, com excepção de Cadilhe, não parece existir mais ninguém no sector em Portugal com competência para liderar o banco. Enfim, não pode ser.
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