O Estado-empresa é uma aberração. Haverá muitas maneiras de justificar esta premissa, desde logo justificações teóricas que demonstrem que a iniciativa empresarial não faz parte das funções do Estado. Também justificações económicas, demonstrando que o mercado é mais eficiente e até justificações históricas, alegando que nenhum país teve sucesso com o Estado como motor da economia. Nenhuma destas explicações, por bem justificadas que sejam, terá o apoio da populaça.
Há porém uma razão mais intuitiva e emocional que poderá ser entendida com facilidade. A actividade empresarial tem muitos riscos financeiros e é normal as empresas falirem. Se forem os empresários a arriscar o seu próprio dinheiro, os que têm sucesso equilibram os que não têm e os riscos, para a comunidade, diluem-se. Se for o Estado a investir o nosso dinheiro, especialmente em projectos megalómanos e de longo prazo, quando as coisas correm mal sofremos todos.
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