19 maio 2008

Economia portuguesa


Segundo os dados divulgados pelo INE na semana passada, a economia portuguesa é aquela que revela pior comportamento em toda a zona euro. Entre Janeiro e Março deste ano, o PIB português cresceu 0,9% face ao mesmo período do ano passado. Porém, no período mais recente, entre o último trimestre de 2007 e o primeiro deste ano, registou-se mesmo uma redução de 0,2% na actividade económica do país. Assim, o Ministério das Finanças teve que rever o crescimento económico previsto para Portugal em 2008 de 2,2% para 1,5% do PIB.

Em Portugal, sente-se um clima de recessão. Esta, provavelmente, só não é ainda oficial porque a taxa de inflação, publicada pelo INE e incorporada nas estatísticas ontem apresentadas, permanece baixa. Contudo, existem razões para acreditar que a inflação que cada cidadão português sente no seu bolso é bem superior aos 2,6% divulgados pelo INE.

Assim, dado que os impostos sobre rendimento vão continuar nos níveis actuais, o maior impacto da crise sentir-se-á no consumo de bens e serviços e será aferida pela redução de receita fiscal associada ao IVA. No nosso país, cerca de 16% do cabaz médio de compras é tributado à taxa reduzida de IVA que é de 5%, 39% à taxa intermédia de 12% e 45% à taxa máxima de 21%. Se a maior quebra na cobrança de IVA se registar nos dois primeiros escalões de IVA, constituirá motivo de grande preocupação. Porque representará a redução no consumo de bens de primeira necessidade. Coisas como o pão, a água ou a luz.

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