Apesar de terem iniciado os seus regimes democráticos sensivelmente ao mesmo tempo, Portugal e Espanha são países com histórias políticas recentes profundamente diferentes.
Em trinta e poucos anos de democracia, a Espanha teve cinco primeiros-ministros (Adolfo Suárez, Calvo Sotelo, Felipe Gonzáles, José Maria Aznar e José Luís Zapatero), quatro líderes da direita (Suárez, Fraga Iribarne, Aznar e Rajoi), e três líderes socialistas (González, Almunia e Zapatero).
Em contrapartida, em idêntico período de tempo, Portugal teve quinze chefes de governo (Palma Carlos, Vasco Gonçalves, Pinheiro de Azevedo, Mário Soares, Nobre da Costa, Mota Pinto, Lurdes Pintasilgo, Sá Carneiro, Freitas do Amaral, Pinto Balsemão, Cavaco Silva, António Guterres, Durão Barroso, Santana Lopes e José Sócrates), quinze líderes do PSD, seis líderes do CDS e sete do PS.
O problema não será seguramente das diferenças climáticas entre os dois países, nem tão-pouco da genética. Ele reside essencialmente no sistema de governo e na falta de alguém que inspire algum respeito e um pouco de juízo à classe política. Em Espanha existem um rei, com autoridade e legitimidade para moralizar o regime, e um sistema parlamentar com poderes bem definidos, enquanto que, por cá, vamos mudando os presidentes, cujos poderes são pouco claros, e nos governamos por um sistema semipresidencialista caótico, onde também não se sabe exactamente o que cabe a quem e o quê.
Em trinta e poucos anos de democracia, a Espanha teve cinco primeiros-ministros (Adolfo Suárez, Calvo Sotelo, Felipe Gonzáles, José Maria Aznar e José Luís Zapatero), quatro líderes da direita (Suárez, Fraga Iribarne, Aznar e Rajoi), e três líderes socialistas (González, Almunia e Zapatero).
Em contrapartida, em idêntico período de tempo, Portugal teve quinze chefes de governo (Palma Carlos, Vasco Gonçalves, Pinheiro de Azevedo, Mário Soares, Nobre da Costa, Mota Pinto, Lurdes Pintasilgo, Sá Carneiro, Freitas do Amaral, Pinto Balsemão, Cavaco Silva, António Guterres, Durão Barroso, Santana Lopes e José Sócrates), quinze líderes do PSD, seis líderes do CDS e sete do PS.
O problema não será seguramente das diferenças climáticas entre os dois países, nem tão-pouco da genética. Ele reside essencialmente no sistema de governo e na falta de alguém que inspire algum respeito e um pouco de juízo à classe política. Em Espanha existem um rei, com autoridade e legitimidade para moralizar o regime, e um sistema parlamentar com poderes bem definidos, enquanto que, por cá, vamos mudando os presidentes, cujos poderes são pouco claros, e nos governamos por um sistema semipresidencialista caótico, onde também não se sabe exactamente o que cabe a quem e o quê.
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