31 março 2008

vira-casacas

Within the operation of democratic institutions, too, we want expressions of the values that concern us and that bind us together. The libertarian position I once propounded now seems to me seriously inadequate, in part because it did not fully knit the humane considerations and joint cooperative activities it left room for more closely into its fabric.
It neglected the symbolic importance of an official political concern with issues or problems, as a way of marking their importance or urgency, and hence of expressing, intensifying, channeling, encouraging and validating our private actions and concerns towards them. Joint goals that the government ignores completely – it is different with private or family goals – tend to be unworthy of our joint attention and hence to receive little.

Para Nozick, a perspectiva libertária analisa apenas o objectivo dos governos, não o seu significado, e assim acaba por limitar o âmbito dos objectivos. Em termos sucintos, eis a explicação do volte-face politico de Nozick. A necessidade de uma assumpção colectiva de valores (como a educação ou a saúde) que a maior parte dos indivíduos preza e que sem essa expressão tenderiam a ser descurados.

Parece-me que compreendo o ponto de vista exposto, mas discordo totalmente. Para garantirem direitos económicos, por exemplo, os governos envolvem-se em vastos programas de redistribuição de riqueza que, em última análise, violam os direitos cívicos fundamentais e acabam por eliminar qualquer legitimidade politica.
Outras instituições, como a Igreja, podem assumir a defesa dos valores colectivos que prezamos e zelar pela sua assumpção colectiva, de forma mais eficaz e justa, sem comprometer a isenção politica e o propósito dos governos.

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