A pouco mais de um ano de eleições legislativas, autárquicas e europeias, a direita continua sem apresentar uma alternativa credível ao Partido Socialista. Ela está hoje, aliás, em muito piores condições para governar do que estava há seis anos, quando fez cair e substituiu o governo pantanoso, desgastado e sem liderança do Engº Guterres. Nos três anos que se passaram após a humilhação eleitoral das legislativas, a direita que nos prometera reconstruir-se e reparar os erros do passado agravou consideravelmente o seu estado: líderes sem credibilidade e equipas pior preparadas, completa ausência de ideias, total afastamento das pessoas, desacatos internos infindáveis e nunca vistos quer no PP quer no PSD. Ontem, na SIC-Notícias, José Miguel Júdice repetia sensatamente que a única maneira que a direita tinha de voltar ao poder nos tempos mais próximos seria refundar-se. Isso implicaria o desaparecimento dos dois partidos e a fundação de um novo. Obviamente que a ideia de José Miguel Júdice é completamente inexequível. Ela pressupõem a existência de vida inteligente nos directórios do PSD e do CDS, hipótese que, se fosse verdadeira, teria evitado que eles chegassem ao ponto a que chegaram.
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