Zapatero prometeu 400.00 € a cada espanhol, com trabalho dependente, se viesse a ganhar as eleições. Foi uma promessa sui generis porque fez depender esse bónus de um resultado eleitoral, quase como se fosse una propina.
A medida foi copiada ou inspirada em medidas idênticas tomadas nos EUA. Bush, contudo, esforçou-se para que os reembolsos fiscais fossem o mais rápido possível para susterem, de imediato, a crise de confiança e de consumo que estava e ainda está a afectar os EUA. Em Espanha, Zapatero começou a falar do reembolso fiscal em Janeiro (segundo creio) e a medida só terá efeito em Junho deste ano. Não tinha qualquer pressa, permitindo-nos portanto concluir que o estímulo económico não era o seu principal desígnio.
Em Portugal, no dia da manifestação dos professores, o Ministro das Finanças revelou que o País poderia já estar em condições de se baixarem alguns impostos. De imediato o coro dos sábios (ex-ministros das finanças) abençoou o douto parecer das finanças, sobrando apenas alguma discórdia sobre o imposto a baixar. O IVA, O IRC, ou talvez o IRS? Esta discórdia não resulta de qualquer rebeldia, faz apenas parte dos salamaleques corteses que são de rigor nestas circunstâncias.
Eu tenho uma sugestão que já estão mesmo a ver qual é. Um reembolso de IRS a ter lugar em 2009 se Sócrates ganhar as próximas eleições. Feitas as contas e atendendo às diferenças do PIB, penso que Sócrates estará em condições de prometer um reembolso de 300.00 € a todos os portugueses que trabalhem por conta de outrem, para estimular a economia... A minha única dúvida é se a população irá confiar na palavra do primeiro-ministro ou se exigirá ver previamente a cor do dinheiro. É que gato escaldado...
Sem comentários:
Enviar um comentário