Particularmente pungente, o Fórum da TSF de hoje sobre a situação do ensino secundário público português. Um coro repetitivo e afinado de intervenções de professores das escolas públicas, todos a dizerem o mesmo: que não têm autoridade sobre os alunos e que estes fazem o que bem querem e lhes apetece na escola, sem sofrerem quaisquer consequências.
De todos os intervenientes, impressionou-me mais um professor de um liceu de Setúbal, que interpelou um aluno seu com catorze anos por estar a enrolar um «charro» durante uma aula. O aluno aconselhou o professor a não se meter no assunto, insultou-o perante os colegas, e continuou pacatamente a sua tarefa. O mesmo lhe disseram os seus colegas professores do Conselho Directivo a quem expôs o sucedido: que deixasse andar, porque não valia a pena fazer nada. Passado algum tempo, o carro do professor foi vandalizado no estacionamento da escola. O distinto aluno por lá continua, empenhado na sua educação à custa do contribuinte.
Décadas de facilitismo, de desresponsabilização dos sucessivos ministérios e governos, de abandalhamento nas regras, de igualitarismo entre professores e alunos, e de experimentalismo pedagógico saloio deram nisto. De há décadas para cá, a escola pública portuguesa tem sido destruída no que deviam ser os seus alicerces: autoridade, hierarquia, responsabilidade e definição clara do que é e para que serve uma escola. O cenário, agora, já não é apenas de falta de qualidade da escola e de alguma indisciplina. É de insegurança e medo. Não é, por isso, de espantar que os poderes públicos já não saibam o que fazer, senão chamar a polícia. Como estas declarações do Procurador-Geral da República deixam claro. A escola portuguesa passou, num ápice, de laboratório de educação experimental de «bons selvagens», para um simples antro de selvagens.
De todos os intervenientes, impressionou-me mais um professor de um liceu de Setúbal, que interpelou um aluno seu com catorze anos por estar a enrolar um «charro» durante uma aula. O aluno aconselhou o professor a não se meter no assunto, insultou-o perante os colegas, e continuou pacatamente a sua tarefa. O mesmo lhe disseram os seus colegas professores do Conselho Directivo a quem expôs o sucedido: que deixasse andar, porque não valia a pena fazer nada. Passado algum tempo, o carro do professor foi vandalizado no estacionamento da escola. O distinto aluno por lá continua, empenhado na sua educação à custa do contribuinte.
Décadas de facilitismo, de desresponsabilização dos sucessivos ministérios e governos, de abandalhamento nas regras, de igualitarismo entre professores e alunos, e de experimentalismo pedagógico saloio deram nisto. De há décadas para cá, a escola pública portuguesa tem sido destruída no que deviam ser os seus alicerces: autoridade, hierarquia, responsabilidade e definição clara do que é e para que serve uma escola. O cenário, agora, já não é apenas de falta de qualidade da escola e de alguma indisciplina. É de insegurança e medo. Não é, por isso, de espantar que os poderes públicos já não saibam o que fazer, senão chamar a polícia. Como estas declarações do Procurador-Geral da República deixam claro. A escola portuguesa passou, num ápice, de laboratório de educação experimental de «bons selvagens», para um simples antro de selvagens.
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