A confirmar-se a escolha de Tony Blair para primeiro Presidente permanente do Conselho Europeu, a União Europeia terá de resolver a situação de José Manuel Durão Barroso, actual Presidente da Comissão.
Efectivamente, o novo esquema bicéfalo da liderança comunitária, implicará necessariamente que um dos dois presidentes tenha menos visibilidade, menos peso político e menor protagonismo do que o outro.
Na eventualidade de ser Blair o escolhido, isso significará que os líderes europeus vão privilegiar o intergovernamentalismo do Conselho, sobre o supranacionalismo da Comissão (o que é perfeitamente compreensível, numa altura em que é necessária força política para impor as novas regras constitucionais e de funcionamento das instituições), sendo que nesta última vão certamente preferir uma figura mais opaca do que Barroso.
De facto, o êxito atingido pelo Presidente português da Comissão poderá condená-lo neste futuro modelo político da União Europeia. O que pode explicar, em boa medida, o recente jantar de «barrosistas» ocorrido em Lisboa, convocado e presidido pelo próprio José Manuel Durão Barroso.
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