O Dr. Rui Rio considerou recentemente a «recuperação da Baixa do Porto» como um dos seus triunfos mais importantes de seis anos de presidência do município. Eu posso estar enganado mas nunca vi o Porto (sobretudo o centro da cidade) em tamanha degradação como aquela em que se encontra actualmente: lojas fechadas, casas a cair, prédios entaipados, quarteirões inteiros a ameaçar derrocada, mendigos e toxicodependentes espalhados por todo o lado. Pior de tudo, é a percepção de que se trata de uma decadência para a qual não se vê retorno, nem reversão. O princípio tem sido mais ou menos o seguinte: por cada loja que fecha ninguém a reabre, por cada prédio que vaga não há quem o habite, por cada casa a ameaçar cair não aparece quem a queira manter de pé.
É claro que não se pode atribuir esta crise, na sua plenitude, à inacção do Dr. Rui Rio, apesar dele nos ter prometido o inverso e de negar agora a evidência. Certamente que a situação económica tem a sua quota-parte de responsabilidade e não será pequena, que a lei das rendas não ajuda, mas isso não pode explicar tudo. Na verdade, no mesmo país do Dr. Rui Rio e no mesmo período de tempo em que ele governou a cidade do Porto, outras regiões e cidades têm prosperado e evoluído. A razão é que estes locais dispõem de peso político específico que lhes permite captar dinheiros públicos para investimentos importantes, ao contrário do Porto, que desde que o Dr. Rui Rio chegou à Câmara perdeu a importância política que teve ao longo de décadas. Se bem me lembro, quando iniciou funções, Rui Rio anunciou que ia ter uma relação «normal» com Lisboa e que lhe parecia que as tensões regionalistas do passado eram bairrismo saloio. Ele acreditou que não era necessário bater o pé ao poder central para conseguir recursos para a sua terra. Não pôs os olhos no seu colega de partido, o Dr. Alberto João Jardim, ou avaliou-o indevidamente. Agora, os resultados estão à vista: o Porto não conta, hoje, para a política nacional, graças a uma absoluta falta de liderança regional que sempre coube ao presidente da autarquia. O resto é conversa.
É claro que não se pode atribuir esta crise, na sua plenitude, à inacção do Dr. Rui Rio, apesar dele nos ter prometido o inverso e de negar agora a evidência. Certamente que a situação económica tem a sua quota-parte de responsabilidade e não será pequena, que a lei das rendas não ajuda, mas isso não pode explicar tudo. Na verdade, no mesmo país do Dr. Rui Rio e no mesmo período de tempo em que ele governou a cidade do Porto, outras regiões e cidades têm prosperado e evoluído. A razão é que estes locais dispõem de peso político específico que lhes permite captar dinheiros públicos para investimentos importantes, ao contrário do Porto, que desde que o Dr. Rui Rio chegou à Câmara perdeu a importância política que teve ao longo de décadas. Se bem me lembro, quando iniciou funções, Rui Rio anunciou que ia ter uma relação «normal» com Lisboa e que lhe parecia que as tensões regionalistas do passado eram bairrismo saloio. Ele acreditou que não era necessário bater o pé ao poder central para conseguir recursos para a sua terra. Não pôs os olhos no seu colega de partido, o Dr. Alberto João Jardim, ou avaliou-o indevidamente. Agora, os resultados estão à vista: o Porto não conta, hoje, para a política nacional, graças a uma absoluta falta de liderança regional que sempre coube ao presidente da autarquia. O resto é conversa.
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