A cultura portuguesa é, talvez, a cultura mais inclusivista do mundo ocidental e cristão, senão mesmo do mundo inteiro. Há sempre lugar para mais um - é um ditado popular - e a nossa própria experiência colonial está aí para confirmar que os portugueses se acomodaram aos outros e ofereceram reciprocidade.
Aquilo a que eu tenho assistido, ao longo do último ano, na blogosfera portuguesa - e que, tudo parece indicar, vai obter confirmação no blogue Atlântico - é que uns quantos patifes, utilizando o insulto, a mentira, as manobras mais soezes, excluem as pessoas de bem, ou empurram-nas para a saída, e eles próprios ficam lá para dizer ao mundo que eles é que são as pessoas decentes.
O RAF - que é uma pessoa de bem - já saíu do blogue Atlântico. O Miguel Noronha também, embora eu não o conheça suficientemente para pronunciar julgamento. Quase de certeza, o AAA vai saír. O AAA possui todas as qualidades que o rui a. lhe reconheceu num post abaixo. Entretanto, o Tiago Mendes, que escreveu aquelas desumanidades a respeito do seu colega de blogue, já escreveu um novo post a dizer que não quer mal ao AAA e que, por ele, está tudo bem e "a vida continua". Por outras palavras, depois de produzir o dano, e de induzir o AAA à saída, ele propõe-se ficar - e confortavelmente, porque, se o AAA saír, não é responsabilidade sua.
Estes são, aparentemente, os benefícios da concorrência: a moeda má expulsa a moeda boa. Eu já tinha assistido a um episódio semelhante na blogosfera portuguesa mas, como estava pessoalmente envolvido, recusei formular uma tese na altura. Agora, formulo-a e sem hesitação. Os patifes estão a levar a melhor em Portugal. E não apenas na blogosfera.
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